Encontramos uma situação de desperdício e ineficiência na Embratur. Rapidamente arrumamos a casa, acionamos o Tribunal de Contas da União, Controladoria Geral da União e Advocacia Geral da União para passar pente-fino nos contratos e montamos uma equipe qualificada, com experiência e competência reconhecidas pelo mercado no Brasil e no exterior. Estamos redesenhando nossos programas e incluindo na promoção internacional do Brasil a agenda de sustentabilidade e ações climáticas, afroturismo e MICE, bem como reformulando participação em eventos internacionais para melhorar nossos resultados. Também estamos dando publicidade a todos os atos administrativos da Embratur para prestar contas das nossas ações. Profissionalismo, diálogo e transparência são nossas palavras de ordem.

Um dos nossos primeiros atos foi a retomada da Marca Brasil na promoção internacional do nosso país. A Marca Brasil foi lançada em 2005, como parte do Plano Aquarela, após um robusto estudo de marketing que incluiu consulta a estrangeiros que visitaram o Brasil e foi utilizada tanto em ações de promoção do turismo quanto no comércio exterior. O uso da Marca foi interrompido em 2019, dando lugar a uma marca e slogan sem qualquer embasamento técnico e de forte conotação sexual. A retomada da Marca Brasil, além de traduzir o compromisso profissional da nova Embratur com a promoção baseada em critérios técnicos, é um recado para o mundo de que o país da sustentabilidade, da democracia e da diversidade está de volta.

Lançamos um núcleo de desenvolvimento de inovação aplicada ao turismo, o EmbraturLAB, com o objetivo de promover a competitividade dos serviços de turismo internacional e melhorar a experiência dos estrangeiros que vêm nos visitar. A iniciativa é fruto da parceria da Embratur com universidades, pesquisadores e empreendedores que estão promovendo ações de inovação no turismo. O primeiro escritório é no Rio de Janeiro e o objetivo é expandir para outros estados. A nova gestão também criou a Gerência de Informação e Inteligência de Dados para qualificar a produção de dados da Embratur e apoiar o mercado do turismo brasileiro com informação de qualidade e apresentação de tendências de mercado.

Entre abril e dezembro deste ano estão programados 9,7 milhões de assentos em voos internacionais com destino ao Brasil, um aumento de 2 milhões em relação ao mesmo período do ano passado. Essa ampliação é fundamental para trazermos mais turistas estrangeiros ao nosso país. Nós também iniciamos o diálogo com 32 companhias aéreas para estimular a criação de novas rotas para os anos de 2024 e 2025.

Apesar do pouco tempo, o trabalho da Embratur está dando resultados. No primeiro trimestre deste ano, 2,3 milhões de turistas estrangeiros visitaram o Brasil. O resultado é melhor do que o do primeiro trimestre de 2019, quando recebemos 2,29 milhões visitantes. Os estados mais visitados foram Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina, o que mostra a relevância do mercado da América do Sul.

Os 1,5 milhão de estrangeiros que visitaram o Brasil em janeiro e fevereiro gastaram R$ 6 bilhões em nosso país. O resultado mostra a relevância da promoção internacional do turismo brasileiro para alavancar a economia e melhorar o rendimento das pessoas.

O mercado do turismo brasileiro faturou R$ 19,4 milhões em janeiro deste ano. O resultado é superior ao registrado no mês de janeiro entre 2018 e 2022. Em janeiro de 2020, ou seja, antes do início da pandemia de Covid-19, o faturamento foi de R$ 18,8 milhões.

Criamos a gerência de Sustentabilidade e Ações Climáticas, colocando o tema como transversal em toda nossa atuação de promoção do turismo. Iniciamos o diálogo com BNDES e organismos internacionais, como a Agência de Promoção de Exportações da Alemanha (IPD), para garantir financiamento a projetos que confiram sustentabilidade aos destinos brasileiros, com políticas que ampliem a eficiência energética, reduzam a produção de resíduos sólidos e garantam a compensação da emissão de carbono. Também vamos realizar workshops de capacitação para apoiar o mercado do turismo brasileiro a promover a sustentabilidade em seus negócios.

Firmamos parceria com o BNDES para financiar projetos de estruturação do turismo no Pará com foco na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) em 2025. Os projetos vão conferir sustentabilidade às atividades relacionadas ao turismo, desde transporte ao setor de bares e restaurantes. Também qualificar os destinos que praticam turismo de base comunitária e prepará-los para o mercado internacional. Estamos em permanente diálogo com o governo do Pará e prefeitura de Belém para articular ações com foco na COP 30.

Assinamos acordo com Secretaria de Turismo de São Paulo e 16 cidades do litoral para retomada do turismo após a tragédia que atingiu parte dos municípios da região. Promoveremos campanhas publicitárias para divulgar os atrativos do litoral paulista na Argentina, Uruguai e Paraguai, além de atuar junto às operadoras. Também vamos realizar workshops com gestores públicos e integrantes do mercado do turismo para promovermos a capacitação na área da sustentabilidade. O objetivo é apoiar o setor a enfrentar os efeitos negativos provocados pelas mudanças climáticas.

Estudo realizado pela Global Industry Analysts apontou que as viagens de negócios devem movimentar US$ 792 bilhões até 2026. Infelizmente, este segmento foi abandonado no último governo e estava fora da estratégia de promoção da Embratur. Criamos uma gerência para atrair eventos internacionais. Além da COP-30, a agência está envolvida na estratégia para atrair grandes eventos como a Copa do Mundo Feminina de Futebol de 2027.

O turismo tem uma agenda transversal, que passa por diversos ministérios, como Meio Ambiente, Cultura, Esporte e Desenvolvimento Social. Por isso, estamos dialogando com ministros, governadores, prefeitos e secretários de turismo estaduais e municipais para criarmos parcerias e potencializar nossas ações, gerando mais emprego, renda e desenvolvimento. A Embratur atua de forma integrada ao mercado e ao poder público.

Após 3 anos de isolamento, retomamos o diálogo com o mercado do turismo, no Brasil e no exterior, afinal as ações integradas com o mercado e gestores públicos são essenciais para atrairmos mais visitantes estrangeiros para nosso país, gerando emprego e renda. Participamos de feiras em Lisboa (Portugal); California, Chicago e Flórida (EUA); Bogotá (Colômbia), Tel Aviv (Israel), São Paulo e Berlim (Alemanha), onde fomos premiados como melhor expositor das Américas e Caribe. Nessas agendas, começamos parcerias com as principais operadoras de viagens do mundo.