O Brasil foi escolhido para representar a região das Américas e Caribe no Conselho Executivo da Organização Mundial de Turismo (OMT) – agência especializada das Nações Unidas responsável pela promoção do turismo. Com isso, participa das discussões e da definição dos planos de recuperação e retomada do turismo mundial, liderando a agenda na região das Américas até 2025. A indicação do país foi feita nesta quinta-feira (24/6) pelas maiores autoridades do Turismo, após uma votação com 24 países durante a 66ª Reunião da Comissão Regional da OMT para as Américas.
O mandato dos membros eleitos para o Conselho Executivo da OMT tem duração de quatro anos, sendo que a eleição para a renovação da metade dos integrantes acontece a cada dois anos. O conselho se reúne duas vezes por ano e é integrado por ministros das seis comissões regionais da OMT (Américas, Europa, África, Oriente Médio, Ásia-Pacífico e Sul da Ásia) em que se dividem os 159 Estados-membros.
Atualmente, o Brasil já exerce mandato no Conselho Executivo, assento que conquistou de forma conjunta com o Uruguai para o período 2018 a 2021, cabendo ao Brasil os dois últimos anos. A chancela da eleição que reconduziu o Brasil ao Conselho Executivo da OMT deve ocorrer na próxima Assembleia Geral da OMT, prevista para o mês de outubro em Marraquexe, no Marrocos. Além do Brasil, também foram eleitos Argentina e República Dominicana, unindo-se ainda a Guatemala e Paraguai, que já detêm mandato no Conselho Executivo até 2023, considerando que a região das Américas e Caribe possui cinco assentos no Conselho Executivo da OMT.
O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, que cumpriu uma série de agendas nesta quinta-feira em cidades do estado de Alagoas, comemorou a eleição do Brasil. “Acredito que é um reconhecimento às políticas adotadas pelo nosso governo em apoio ao setor de turismo para reduzir os efeitos da Covid-19. As ações envolveram desde a flexibilização de salários e jornadas de trabalho (MP 936); à regulamentação das relações de consumo no segmento (MP 948) e à garantia de R$ 5 bilhões para capitalizar empreendimentos do setor com taxas e prazos diferenciados (MP 963) por meio do Fungetur”, exemplificou.
Para o presidente da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), Carlos Brito, a indicação do Brasil ao Conselho Executivo da OMT é importante também para que o trabalho de promoção internacional dos destinos turísticos brasileiros seja otimizado. “Fazer parte do grupo que discute e toma decisões sobre os caminhos mundiais do turismo vai garantir que estejamos alinhados com os melhores argumentos para atrairmos mais turistas ao nosso país”, afirma.
No ano passado, o Brasil já havia sido escolhido para sediar o primeiro escritório da Organização Mundial do Turismo na região das Américas. De acordo com o Secretário-geral da entidade, Zurab Pololikashvili, o objetivo é que a unidade seja direcionada a atração de investimentos para a região. “Nós estaremos presentes na América e teremos um escritório especial que deve ser dedicado a investimentos. Os investimentos são muito importantes para as Américas, para o Turismo. Penso que este vai ser um importante passo para as Américas e atrairá mais investimentos e mais empresas internacionais para a região”, comentou.
Representando o Brasil durante a 66ª Reunião da Comissão Regional da OMT para as Américas, o Secretário-executivo do Ministério do Turismo, Daniel Nepomuceno, destacou as possibilidades para atração de investimentos a partir da implantação do primeiro escritório da organização no Brasil e os esforços contínuos do governo para vacinação.
*Com informações do Ministério do Turismo