Brasília, 17/11/2022 – A Embratur aproveitará as campanhas de promoção dos destinos turísticos brasileiros no exterior para fomentar a atração de profissionais estrangeiros que usam da tecnologia para exercer o trabalho remoto, os chamados nômades digitais, e também de investidores que queiram adquirir imóvel no Brasil. O objetivo é dar mais visibilidade para a possibilidade de visto de residência permanente no Brasil para esses segmentos.
A partir das campanhas veiculadas em novembro – na Europa e na América Latina –, a Agência passará a divulgar que, desde janeiro deste ano, é permitido aos nômades digitais de outras nacionalidades, com vínculo empregatício em seu país de origem, obterem visto temporário e autorização de residência no Brasil de até um ano. A medida foi implementada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e contribuiu, mais uma vez, tanto na atração de turistas para territórios brasileiros quanto no aumento de sua estada no país.
“O número de pessoas que buscam esse estilo de vida vem crescendo exponencialmente no mundo todo e deixou de ser tendência durante a pandemia para se tornar cada vez mais uma realidade mundo afora. Por isso a Embratur fará um trabalho específico para esse nicho, impactando diretamente na ampliação de visitantes de outros países, gerando emprego e renda para a comunidade”, avalia o presidente da Embratur, Silvio Nascimento.
Estão previstos conteúdos para atingir tanto os nômades digitais quanto os investidores imobiliários de Portugal, Espanha, Inglaterra e Alemanha, na Europa, além de Argentina, Chile, Peru, Paraguai e Colômbia, na América do Sul. Os jornalistas e influenciadores de outros países convidados para as press trips da Embratur previstas até o fim do ano também receberão material informativo sobre o tema.
Vila Nômade Digital no Brasil
A ideia de incluir um trabalho de divulgação específico a esse público se torna mais necessária com a instalação no Brasil da primeira vila para nômades digitais da América do Sul. A iniciativa, que será implantada na praia de Pipa, no Rio Grande do Norte, ainda neste ano, foi fruto de articulação do Ministério do Turismo com a Nomadx – uma das maiores empresas do segmento no mundo e responsável pela ideia.
Localizada na cidade de Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte, a praia de Pipa foi o escolhida por ser um destino que une o contato com a natureza, uma boa conexão com a internet, segurança e tranquilidade. Além de Pipa, a empresa planeja instalar outras nove vilas em pontos estratégicos do Brasil nos próximos anos, ampliando as opções e oportunidades para os nômades e para as comunidades locais.
Requisitos para permanência
Para que os nômades digitais interessados em viver no Brasil possam adquirir a condição, é necessário comprovar o vínculo empregatício no exterior (contrato de trabalho) com renda mensal de, pelo menos, US$ 1.500 ou US$ 18.000 em fundos bancários. Também são exigidos que o profissional tenha passaporte válido, seguro de saúde e uma certidão de antecedentes criminais.
Já a concessão de residência para investidores imobiliários de outros países fica condicionada à aquisição de um imóvel, como um apartamento em um resort, por exemplo, localizado em área urbana no valor igual ou superior a R$ 700 mil nas regiões Norte e Nordeste ou R$ 1 milhão nas demais regiões do país.
Oficinas inéditas no MJSP
Com o objetivo de esclarecer dúvidas e contribuir com a divulgação dos vistos especiais, o Ministério da Justiça e Segurança Pública realizou, nesta quinta-feira (17/11), duas oficinas sobre os procedimentos de obtenção dos vistos temporários ou autorizações de residência para investidores imobiliários e nômades digitais.
Os eventos contaram com as presenças do Ministério do Turismo (MTur), do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e da Embratur, além do apoio técnico do Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra) e do Conselho Nacional de Imigração (CNIg).
A diretora de Marketing, Inteligência e Comunicação da Embratur, Karisa Nogueira, participou da primeira etapa da oficina. Durante o encontro, ela destacou a importância da união entre os ministérios e a Agência e avaliou o projeto como “grandioso” para o turismo internacional do Brasil.