CONEXÃO EMBRATUR

Equipe da Embratur participa de workshop sobre Turismo Sustentável e Normalização Internacional

Coordenador de Natureza e Segmentos Especiais, Leonardo Persi, enfatizou a importância da normalização no turismo para inserção dos destinos brasileiros no cenário de competitividade internacional 

Willian Meira / Embratur
Conexão Embratur, a convite do coordenador de Natureza e Segmentos Especiais, Leonardo Persi, recebeu o diretor da Sextante Consultoria, Alexandre Garrido para falar sobre “Turismo Sustentável e Normalização Internacional”

23/08/2023 – A equipe da Embratur participou, nesta quarta-feira (23), de um worskhop que teve a sustentabilidade no turismo como tema central. O Conexão Embratur, a convite do coordenador de Natureza e Segmentos Especiais, Leonardo Persi, recebeu o diretor da Sextante Consultoria, Alexandre Garrido para falar sobre “Turismo Sustentável e Normalização Internacional”. Garrido também é coordenador do grupo de trabalho na ISO de Turismo Sustentável e coordenador de estudos da ABNT de Turismo Sustentável. 

Segundo Persi, um destino para ser considerado sustentável precisa atender a diversos critérios estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e pela ISO, órgão de certificação internacional. Na ISO existem diversos grupos de trabalho setoriais que atuam no processo de normalização. O Brasil hoje coordena os grupos de trabalho de Turismo de Aventura (Work Group 7) e Turismo Sustentável (Work Group 15). 

Para Persi, a certificação dos destinos brasileiro os coloca em competitividade no cenário internacional. “A certificação no turismo sustentável tem grande relevância, pois demonstra que as empresas que operam no segmento adotam procedimentos e práticas responsáveis na sua operação do turismo. Com isso, também há uma checagem de uma entidade, de uma terceira parte, que no Brasil é a ABNT Certificadora, que checa o cumprimento desses requisitos para poder atestar as demais partes interessadas, como consumidores, clientes que viajam, os turistas, os parceiros de negócios, que eles estejam dentro dos requisitos, das normas”, explicou

O coordenador ainda explicou a importância da normalização no turismo para inserção dos destinos brasileiros no cenário de competitividade internacional. “Essa regulamentação gera uma competitividade no cenário internacional do turismo, isso porque os próprios turistas estrangeiros valorizam, cada vez mais, essa certificação internacional do turismo sustentável”, revelou. 

Para o diretor da Sextante Consultoria, Alexandre Garrido, a sustentabilidade envolve muitos conceitos por onde passam a experiência do turista e, por isso, devem ser priorizados no setor. 

“Turismo sustentável é o único caminho. Não fazer turismo sem que ele seja sustentável, que não respeite a cultura local, a comunidade local, que não traga qualidade ao serviço prestado ao turista, que não proteja o meio ambiente, os atrativos, que não tenha uma gestão eficaz, que não respeite os valores, não faz sentido. Tudo isso está implícito nas atividades do turismo” , afirmou. 

Ranking
No início deste mês, o Brasil foi eleito pela Revista Forbes como o melhor país do mundo para se fazer ecoturismo. O Índice de Ecoturismo, elaborado pela plataforma global Forbes Advisor, ranqueia os países com base na avaliação da biodiversidade, quantidade de atrativos naturais e parques reconhecidos pela Unesco, e na sustentabilidade destes destinos. O ranking é composto por 50 países, e o Brasil recebeu a elevada pontuação de 94,9/100, bem à frente do México, que ficou na segunda colocação com 86 pontos. 

A avaliação da Forbes Advisor é feita seguindo rígidos critérios. Além do número de espécies animais e vegetais, o número de espécies protegidas, o número de sítios patrimônios da Unesco, também são consideradas as emissões de gás carbônico e a qualidade do ar, entre outros pontos. O Brasil possui 23 cidades históricas, sítios e monumentos históricos reconhecidos pela Unesco como patrimônio mundial da humanidade. Desses, sete são naturais, 15 culturais e um misto (natural e cultural).