17/10/2023 – “A gastronomia tem muito a ensinar para a gente na sua elaboração, na sua percepção. É o colocar na mesa, compartilhar, ter saber e ter sabor. E trazer isso para uma lógica de projeto de país é uma das nossas ambições”. A afirmação do presidente da Embratur, Marcelo Freixo, foi feita durante a abertura da 1ª Bienal de Gastronomia, em Belo Horizonte (MG).
Durante o evento na capital mineira, que busca promover o destino por meio da Gastronomia, Freixo reforçou que a atual gestão da Embratur definiu este segmento como estratégico para promoção internacional do país, pois contribui na construção da imagem de um país sustentável, comprometido com a valorização da diversidade cultural e preservação de seu patrimônio imaterial.
Gilberto Castro, presidente da Belotur, explicou que a motivação para realizar o evento veio quando Belo Horizonte foi designada “Cidade Criativa da Gastronomia” pela Unesco, em 2019. “Pensamos a Bienal como uma grande oportunidade de fortalecer a capital mineira como um dos principais polos turísticos gastronômicos da América do Sul”, disse.
No evento, a Embratur participou também do Painel Gastrodiplomacia. Ao lado de autoridades locais e convidados especialistas, representantes da Agência debateram sobre a cozinha brasileira como instrumento de promoção do país internacionalmente. O evento contou ainda com a presença do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Nonan; do presidente do Sebrae/MG e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte, Marcelo Souza e Silva; do chef Edson Puiati, representando o Sistema Fecomércio e a Frente da Gastronomia Mineira, além de outras autoridades.
Turismo Transforma
Durante a apresentação, o presidente Marcelo Freixo exibiu um trecho do minidoc “Turismo Transforma”, produzido pela Embratur, na Serra da Canastra. Nele, a Agência aborda como o queijo canastra, iguaria mineira amada por brasileiros e cada vez mais pelos turistas estrangeiros, exemplifica como a gastronomia pode ajudar a promover o Brasil a partir da perspectiva de proteção da natureza, de valorização dos pequenos produtores, respeito às comunidades tradicionais e reafirmação da diversidade cultural.
De acordo com a coordenadora de Cultura e Gastronomia da Embratur, Ana Paula Jaques, a maneira artesanal de fazer o queijo canastra tem impulsionado o interesse turístico pela Serra da Canastra, mas também por Belo Horizonte. “Temos sol e praia, mas também temos turismo gastronômico. Temos as rotas do queijo da canastra, como está retratado no vídeo, e vários outros destinos. O turismo é feito de pessoas para pessoas, e valorizar um modo artesanal, como o modo de fazer o queijo, é um convite para que isso entre no imaginário do turista internacional e para que ele venha para o Brasil não só para comer o queijo, mas conhecer esses produtores e visitar todas essas propriedades e se conectar com as pessoas”, enfatizou.