RETOMADA

Embratur participa de webinar sobre turismo internacional no pós-Covid

Diretora de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade da Embratur, Jaqueline Gil falou sobre o trabalho da Agência para a recuperação do setor
Divulgação/Embratur
A diretora de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade da Embratur, Jaqueline Gil, durante o webinar da rede de turismo do Programa Iberoamericano de Ciência e Tecnologia (Cyted)

14/11/2023 – A atividade turística ainda está em recuperação após a pandemia de Covid-19. Os impactos da desaceleração do setor foram sentidos mesmo em países que discutem o excesso de turistas (overtourism), como uma questão local, a exemplo de Portugal e México, por exemplo. E a retomada das atividades vem com uma mudança na forma de pensar as políticas públicas e a importância do turismo para a sociedade. Isso porque é uma área econômica com potencial para fortalecer a sustentabilidade e a preservação ambiental, difundir culturas e empoderar comunidades tradicionais, além de aquecer outros setores.

Foi nessa tônica que a diretora de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade da Embratur, Jaqueline Gil, participou do webinar da rede de turismo do Programa Iberoamericano de Ciência e Tecnologia (Cyted) com outros três convidados que apresentaram o tema voltados para os cenários da América Latina, Portugal e Espanha. “Temos que nos manter conectados, ver quais são as perspectivas e trocar boas práticas”, afirmou Jaqueline Gil a respeito da importância do webinar.

Em sua apresentação, a diretora destacou o trabalho da Embratur para “recuperar e fortalecer a imagem do Brasil no exterior”. “Fazemos isso com a chegada do presidente Lula, que tem uma voz internacional forte e que trouxe as políticas de sustentabilidade e democracia como temas importantes”, explicou Jaqueline Gil no debate. Ela lembrou que a Agência tem trabalhado para otimizar o turismo internacional com menor impacto a comunidades tradicionais e maior compromisso com a natureza e respeito às pessoas.

Durante a apresentação, as falas de Jaqueline Gil e outros convidados coincidiram em análises como o impacto econômico da retração do turismo durante a pandemia ser menor em regiões que dependem menos da atividade. Também destacou como o setor é estratégico para fortalecer a preservação ambiental e torná-la mais rentável, e como grupos especializados em inovação podem ajudar nessas mudanças.

“Foi a partir do fim de 2022, início de 2023, que começamos a trabalhar nas conectividades, recolocando o Brasil no portfólio das grandes agências de turismo, na imprensa. Estabelecemos como foco as ações de combate às mudanças climáticas. Criamos uma área voltada para a sustentabilidade, conduzida pelo gerente de Sustentabilidade e Ações Climáticas da Embratur, Saulo Rodrigues, e também criamos um setor de inovações, o EmbraturLAB”, elencou.

Impactos da Covid-19
O Brasil foi brutalmente impactado pela pandemia e passou de 6,4 milhões de turistas internacionais em 2019 para 2 milhões em 2020, menos de um terço. Indícios de recuperação do setor só apareceram em 2022, quando o número de visitantes de outros países ultrapassou 3 milhões. Na atual gestão da Embratur, sob a presidência de Marcelo Freixo, o país voltou a se aproximar da cifra de 2019. E a expectativa é que ultrapasse os números de 2019 já no ano que vem.

De acordo com a apresentação de Jaqueline Gil no webinar, o país tem visto o reconhecimento do trabalho de retomada do espaço internacional. “Ganhamos o prêmio Wanderlust de natureza e vida selvagem. A Rede Batuc, de turismo comunitário, ganhou o prêmio de turismo responsável da WTM. Estamos passando da barreira dos 4,4 milhões [de turistas], e devemos chegar ao fim de 2023 quase como em 2019. Estamos focando na produção de inteligência de dados. Tivemos o melhor mês de agosto dos últimos 8 anos e o melhor setembro da história do turismo no Brasil, e olhamos com otimismo a possibilidade de quebrar recordes”, comemorou.

Jaqueline Gil encerrou a fala apontando os caminhos que a Embratur tem tomado para recuperar a imagem do Brasil no exterior e fortalecer o turismo internacional no país. A Agência acompanha as tendências e as necessidades de cada mercado internacional de turistas para atendê-las. 

“Estamos focando na experiência e em como diferentes experiências se relacionam: gastronomia e cultura, cultura e afroturismo, afroturismo e povos tradicionais. Temos fomentado o turismo que financia a recuperação da natureza, dos corais do nosso litoral, da fauna, da flora e biomas. Na sustentabilidade, falamos da agenda externa e interna, e todo o tema das questões climáticas que estamos trabalhando junto ao trade brasileiro para uma economia neutra em carbono”, completou.