TURISMO INTERNACIONAL

Bonito (MS) registra aumento no ticket médio em passeios e no número de turistas internacionais em dezembro

Município sul-mato-grossense é importante polo de ecoturismo e turismo de aventura no Brasil; número de estrangeiros no Mato Grosso do Sul também cresceu no último mês de 2023
Flávio André/Ministério do Turismo
Mato Grosso do Sul é um dos mais importantes polos do ecoturismo e turismo de aventura no Brasil

18/01/2024 – O valor do ticket médio dos passeios no município de Bonito (MS) cresceu 14,3% em dezembro de 2023 em relação ao 12º mês de 2022. Os turistas gastaram, no último mês do ano, em média, R$ 178,17 por passeio. No mesmo período de 2022, o gasto foi de R$ 155,75. Com suas trilhas, serras, cachoeiras e grutas, Bonito é um importante polo do ecoturismo e turismo de aventura no Brasil.

A soma do ticket médio nos 12 meses do ano passado também apresentou crescimento de 10,7% em relação ao período anterior, um aumento de R$ 2.000,61 para 2.215,09. A alta no valor gasto no ticket médio dos passeios na região também acompanha o crescimento no número de turistas internacionais na cidade em dezembro último, que foi de 9,82% em relação ao mesmo mês de 2022.

A atividade turística de forma geral também apresentou crescimento no município. Foram 313.316 visitantes nos 12 meses de 2023, 11,7% a mais que no mesmo período do ano anterior, cujo registro foi de 280.391. No comparativo de dezembro de 2023 com dezembro de 2022, o crescimento foi de 1,14%, com um aumento de 28,6 mil para 28,9 mil.

Os cinco principais países emissores de turistas para o município são Holanda, em primeiro lugar, seguido pelo Paraguai, que faz fronteira com o Mato Grosso do Sul. Logo depois aparecem Estados Unidos, França e Argentina. Os números estão no Boletim do Observatório do Turismo e Eventos de Bonito (OTEB) divulgado no site do observatório, no fim do ano passado. 

Retomada
De acordo com o Portal de Dados da Embratur, Mato Grosso do Sul recebeu, de janeiro a novembro do ano passado, 56,1 mil turistas internacionais. O número ultrapassou os 12 meses de 2022, de 54,3 mil estrangeiros.

Também em 2023, após retomar os compromissos de combate ao desmatamento e redução nas emissões de CO2, o Brasil voltou a se tornar referência mundial no turismo de natureza e no turismo de aventura. A revista norte-americana Forbes, através da plataforma Forbes Advisor, elegeu o país como principal destino de ecoturismo do mundo, à frente de nações como México, Austrália e Equador.

O ranking, batizado de Índice do Ecoturismo, selecionou 50 países avaliados segundo emissões de gás carbônico, qualidade do ar, parques reconhecidos pela Unesco, sustentabilidade, biodiversidade e atrativos naturais. O Brasil ficou com uma nota de 94,9 de 100. O México, em segundo lugar, ficou com 86 pontos.

De acordo com o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, o turismo é uma atividade que pode ajudar a proteger o meio ambiente e promover a sustentabilidade. “Para preservar o destino, mantê-lo atrativo, você tem que preservar a natureza”, lembrou.

“O turismo é uma atividade tocada, em sua maioria, por micro e pequenas empresas. Isso significa que você está gerando empregos, promovendo desenvolvimento de comunidades, municípios e garantindo que a mata, de pé, tenha mais valor que destruí-la”, acrescentou.

Diversidade
De acordo com o ranking da plataforma da Forbes, o Brasil é o país com maior diversidade entre os 50 selecionados, com oito sítios considerados patrimônio mundial natural da Unesco, “com mais de 43 mil espécies de animais e plantas diversas” e “30% do território brasileiro protegido”.

Um dos exemplos citados é o Complexo de Conservação da Amazônia Central, em Novo Airão (AM), que “protege espécies ameaçadas, como o peixe-boi da Amazônia e o jacaré-açu” e engloba o Parque Nacional do Jaú, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã e o Parque Nacional de Anavilhanas.

São mais de 5 milhões de hectares e é uma das regiões mais importantes do mundo quando o tema é biodiversidade. Para completar, o Brasil tem sete sítios naturais e um misto, natural e cultural, reconhecidos pela Unesco como patrimônio da humanidade.