Embratur apresenta ferramentas e discute estratégias de promoção internacional com o trade turístico do Rio de Janeiro (RJ)
12/08/2024 – Em reunião com representantes do setor turístico do Rio de Janeiro (RJ), nesta segunda-feira (12), o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, falou sobre a importância de estabelecer uma maior proximidade com o trade turístico nos estados e municípios e a divulgação de estratégias e dos novos painéis no Portal de Dados da Agência. O encontro aconteceu no Rio Othon Palace, em Copacabana. Freixo está na capital fluminense para uma série de agendas que começou na última quinta-feira (8), com o Salão Nacional do Turismo, no Riocentro.
Além do presidente da Embratur, participaram do encontro o gerente de Inteligência de Dados da Agência, Fábio Montanheiro, e o diretor de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade da Embratur, Bruno Reis. Entre os representantes do trade estavam o presidente-executivo do Visit Rio, Carlos Werneck; o presidente da Riotur, Patrick Corrêa; a diretora de Marketing da Secretaria Municipal de Cultura, Fabiana Misse; e Silvia Albuquerque, diretora regional Venues da GL Eventos no Rio de Janeiro.
Além de apresentar planejamentos para promoção internacional dos destinos brasileiros e as mudanças e novidades no portal de dados, Marcelo Freixo e Bruno Reis responderam a diversas perguntas dos presentes. Freixo começou a fala na reunião destacando a importância do corpo técnico da Agência e pedindo que o trade turístico trabalhe em conjunto com a Embratur na construção de estratégias para a promoção internacional respeitando as especificidades de cada destino.
O presidente da Embratur explicou, também, que a Embratur trabalhará com todos os prefeitos de destinos, independente da posição política. “A ferramenta que a gente tem para ajudar a Amazônia não é a mesma para o Rio. Então temos que buscar ferramentas independente de perfil de prefeito. Tratamos todos os governos da mesma forma. Não tem nenhuma possibilidade de não diálogo”, garantiu.
“O turismo é o lugar onde o público e o privado tem que se entender. Um precisa do outro. O Rio de Janeiro teve números espetaculares nesses primeiros seis meses. E no país, nesse primeiro semestre, batemos todos os recordes. Em termos de arrecadação, foram 3,7 bilhões de dólares de entradas internacionais, recorde absoluto. Gera emprego e renda, e a cadeia produtiva é muito democrática, muito funcional para qualquer cidade, e vai para cidades muito distintas”, observou.
Freixo também lembrou que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou de reuniões com empresas aéreas em visita oficial ao Chile, na semana passada, o que demonstra o comprometimento de Lula com o setor. “Estamos rodando o Brasil em uma agenda forte de construção dessa parceria. E temos que estar abertos às possibilidades de ideias e sugestões. O setor de dados é importante. Trabalhamos com a construção de inteligência de dados e isso tem que ser usado por vocês”, pediu.
Carlos Werneck destacou a importância da ação conjunta entre os setores público e privado, e disse que essa parceria se refletiu nos “bons resultados do turismo carioca”. “Esses resultados são reflexo da união entre a iniciativa privada, aqui representada por nós, e as diversas esferas públicas. A importância desse evento (a reunião com a Embratur) está em proporcionar ao trade a oportunidade de ser incluído na estratégia governamental que vem sendo projetada para o futuro”, destacou Werneck.
Inteligência e estratégia
Bruno Reis e Fábio Montanheiro apresentaram as ações e estratégias para promoção internacional dos destinos brasileiros para o segundo semestre de 2024 e para 2025. O diretor e o gerente destacaram a importância dos dados disponibilizados pela Agência para determinar de forma mais assertiva as estratégias de promoção do país no exterior e reiteraram que os dados estão à disposição de todo o trade.
Montanheiro apontou que o Rio sempre aparece com destaque nas pesquisas e apresentou cada um dos painéis e a aplicabilidade dos números. “Podemos entender por que um turista visita o Brasil, mas também por que ele escolheu outro país, como a República Dominicana, por exemplo, e é importante essa visão do concorrente. Temos o gasto do turista internacional no Brasil e a sazonalidade. O painel da malha aérea internacional foi remodelado. Com detalhes dos voos e previsibilidade de seis meses de antecedência, o que nos permite entender o melhor momento de fazer campanhas, por exemplo”, explicou.
Em sua fala, Reis explicou os novos caminhos da Agência. Uma das ações será olhar para as escolhas internacionais do mercado emissor e entender o que faz, por exemplo, um turista escolher outro destino que não o Brasil. A intenção é fortalecer as estratégias de promoção internacional segundo as necessidades desses visitantes de outros países. “Estávamos perdendo share para o mercado da República Dominicana com resorts all inclusive, então, levamos operadores internacionais para Alagoas para conhecerem e venderem destinos de resorts all inclusive no Brasil”, exemplificou.
“Também estamos olhando para o market share [participação no mercado turístico] do Brasil com outros. Temos que mudar nosso cenário de MS. Para aumentar isso, separamos em níveis de mercado. Um grupo, trabalhamos com os que estão consolidados, outro, temos que escalar a venda, e outros investir, explorar mais. Fazer isso em 20 mercados, enquanto Embratur, significa meses de pesquisa e estudo para ter a assertividade”, lembrou Reis.
O diretor destacou, entre as ações da Agência, as campanhas publicitárias direcionadas que aconteceram este ano, que estão em curso, e as planejadas. Em março, a Embratur fez uma campanha nos Estados Unidos voltada para o afroturismo, apresentando destinos diversos para turistas pretos. Em julho, no início da Olimpíada de Paris, teve início uma campanha em cinco países da Europa apresentando as práticas esportivas em destinos brasileiros. Há, ainda, uma campanha prevista para a América do Sul e outra para divulgar a Amazônia também nos EUA.
Gestão técnica
Os DMCs que participaram do encontro também fizeram elogios à Embratur pela gestão técnica da Agência e pela atuação política de Marcelo Freixo em defesa do setor de turismo em todo o Brasil. Um deles foi o vice-presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagem do Rio de Janeiro (Abav-RJ), Luiz Strauss, destacou que a garantia de um quadro técnico foi uma sensibilidade com o setor. “Faz uma diferença muito grande”, afirmou.
“Esses encontros são muito importantes. Nos alimentam de informação. E a troca é muito importante. Vocês terem a ideia do que o comercial faz na ponta é muito importante, e a classe política entender nossa importância também. Eu queria fazer um reconhecimento público. Isso que vocês apresentaram nunca foi feito. Esses dados podem dar subsídio para o Executivo e Legislativo terem um olhar diferente para a gente”, completou Strauss.
Diretor de parcerias globais da International LGBTQ+ Travel Association (IGLTA), Leandro Aragonez, também parabenizou a Agência pela mudança e aprimoramento da gestão pelo presidente Freixo, “trazendo a equipe técnica do Bruno [Reis], Alexandre [Nakagawa] e Fábio [Montanheiro]”. “Eu trabalhei representando a Embratur em 2017 e 2018, e eu sempre sugeria, inclusive, o que hoje a Embratur tem, essa parte de dados, de inteligência”, comentou.
“Se naquela época nós tivéssemos um dashboard, dados bem organizados, de forma extremamente profissional, com inteligência, teríamos tomado decisões muito mais assertivas. Eu gostaria de parabenizar e ressaltar a importância disso para o setor turístico como um todo. A profissionalização que teve com esses novos dados traz um olhar estratégico e inteligente. E isso também pode trazer benefício para a comunidade LGBT e outros segmentos como birdwatching, ou luxo, por exemplo”, citou Aragonez.
Mikael Castro, da operadora Abercrombie & Kent, também parabenizou Bruno Reis por assumir a Diretoria de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade da Embratur. “Vai ser excelente ter você nesse cargo. Vocês [da Embratur] já fizeram muito para ajudar nossa promoção lá fora, e os dados são importantíssimos nesse trabalho”, disse.