POVOS ORIGINÁRIOS

Embratur lança minidoc sobre turismo sustentável na Aldeia Multiétnica, em Goiás

Festival ocorreu em Goiás, entre os dias 11 e 19 de julho, e contou com apoio da Embratur
Renato Vaz/Embratur
O festival da Aldeia Multiétnica será mais um produto turístico brasileiro nas prateleiras do turismo internacional

28/08/2024 – A Embratur lançou, nesta quarta-feira (28), um minidocumentário sobre o Festival Aldeia Multiétnica 2024, na Chapada dos Veadeiros, em Goiás. Entre os dias 11 e 19 de julho, a Agência acompanhou o encontro que reuniu 18 etnias de Brasil, Canadá, Peru e Bolívia, com o objetivo de fortalecer as comunidades dos povos indígenas por meio do turismo. 

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De acordo com o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, o festival reforça a importância do etnoturismo para a economia dessas comunidades. “A gente quer fortalecer as comunidades indígenas  por meio do turismo de forma sustentável, não só ambientalmente, mas socialmente e economicamente, valorizando e ampliando o conhecimento sobre a cultura destes povos”, afirmou Freixo. A Agência foi uma das patrocinadoras da edição 2024 do festival que ocorre anualmente.

Para a coordenadora de Afroturismo, Diversidade e Povos Indígenas da Embratur, Tania Neres, o festival da Aldeia Multiétnica será mais um produto turístico brasileiro nas prateleiras do turismo internacional. “Para nós da Embratur é muito gratificante ser patrocinadora deste evento, que significa exatamente o que a gente quer: um Brasil sustentável, um Brasil com diversidade, que proteja a natureza e os povos indígenas. Temos muito orgulho em apresentar, ao mercado internacional, essa experiência do festival em forma de um minidocumentário”.

O cacique Anuiá Amaru, do povo Xingu do Mato Grosso, destaca a cultura local como o principal ativo da comunidade. “A Embratur acreditou no nosso projeto, acreditou no nosso povo originário do Brasil. Aqui cada um tem sua cultura, sua língua, sua culinária e estar aqui, junto da gente, na Aldeia Multiétnica, é uma experiência grandiosa. Sem a cultura, não somos nada”, destacou.

Olhar não indígena

O festival atrai muitos turistas e viventes – pessoas que compartilham a experiência indígena junto aos povos presentes na Aldeia Multiétnica. A jornalista e vivente holandesa, Charlie Croojimans, participou pela primeira vez do evento. Para ela, a interação com os povos é uma forma de conexão com a ancestralidade brasileira.

“O interessante é que aqui não somos meramente espectadores que olham e aplaudem. Aqui, temos a oportunidade de termos uma interação, de participar, de ter uma convivência com os povos indígenas. Estamos conectados com a natureza e com o saber ancestral brasileiro”, comentou. 

A turista brasileira Raiana Vaz é frequentadora da Chapada dos Veadeiros. Em sua primeira participação no evento, ela se integrou à vivência do povo Kariri-Xocó (AL/DF).  “É muito importante a gente conhecer não só a cultura deles, mas todos os projetos que acontecem no festival. Estive na oficina de produção de pulseiras dos Kariri-Xocó e foi surpreendente. É uma experiência muito enriquecedora e gostaria que todos pudessem conhecer”, contou. 

A estudante Giovana Gigante nasceu no Brasil e cresceu nos Estados Unidos. Nesta edição do festival, ela trabalhou na produção do evento. Segundo ela, o compartilhamento de experiência dos povos com os visitantes é uma oportunidade de aprender o que os livros não ensinam. 

“É a minha primeira vez na Aldeia e é muito interessante ver os povos compartilhando experiências com os indígenas e os não indígenas. Estar no festival é uma oportunidade de aprender saberes que não estão apenas nos livros”, avaliou a jovem. 

Ações

Assim como o etnoturismo, o afroturismo e o turismo de base comunitária são pilares que estruturam diversas ações da Embratur. Esses segmentos já serviram de inspiração para materiais de divulgação audiovisual que rendem ao Brasil um lugar de destaque no mercado do turismo internacional. 

Desde o ano passado, o audiovisual tem sido uma aposta da Agência na promoção do Brasil no exterior. Três dos cinco roteiros selecionados no Edital de Curtas-Metragens ‘Brasil com S’, finalizado  em março deste ano, têm temáticas nesse sentido : Huni Kui – Povo Verdadeiro (Porto Alegre/RS),  Os mistérios de Peabiru (Curitiba/PR) e O Carimbó da Amazônia (São Paulo /SP). 

Além do audiovisual, a Embratur trabalha no plano de promoção do turismo internacional na Amazônia. Em parceria com o Sebrae, a Agência irá atuar em ações que trazem a Amazônia como tema, entre elas acordos de Cooperação Técnica (ACT) com empresários da região amazônica e observatórios regionais com dados importantes para o setor como empregos, visitação, ocupação hoteleira e origem dos turistas. Integrando esse trabalho, a Embratur promoveu,  entre os dias 4 e 11 de agosto, uma famtour com operadores turísticos da América Latina na Chapada dos Veadeiros, que tem o segmento como prioridade.