A malha aérea internacional opera, atualmente, com mais de 76% de sua capacidade registrada em 2019, com quase 4 mil voos mensais
Nem mesmo o mês histórico de baixa temporada no Brasil fez a retomada do turismo recuar no país. Em junho de 2022, a malha aérea internacional brasileira registrou novo aumento, com 3.806 chegadas, o equivalente a 1.703,32% a mais de voos em relação a abril de 2020, data de início das restrições impostas pela pandemia de Covid-19.
O acréscimo na conectividade em relação a maio foi de 7,29%, entretanto, na comparação com junho de 2021, o salto foi de 355,36%. “No mês de junho, continuamos num período de baixa temporada para os turistas, mas, mesmo assim, a oferta de voos e assentos aumentou. A outra boa notícia é que, em julho, mês que tradicionalmente verificamos aumento da movimentação, ainda mais voos internacionais irão operar para o Brasil”, comemora o presidente da Embratur, Silvio Nascimento.
De acordo com pesquisa da Gerência de Inteligência Competitiva e Mercadológica do Turismo (GICMT) da Embratur, o aumento expressivo da conectividade continuará até o início de 2023. Estão previstos 84 novos voos e 47 frequências adicionais até fevereiro do ano que vem. De janeiro a junho de 2022, outros 84 voos já entraram em operação e 36 frequências foram adicionadas.
A empresa aérea GOL começou, em maio, a operar mais voos internacionais de Buenos Aires, Miami e Orlando para Brasília, com quatro frequências semanais. Para novembro, a previsão é de iniciar a rota entre as cidades de Buenos Aires e Natal, além de retomar, até dezembro, 100% dos destinos na Argentina, que havia em 2019.
Já a United Airlines retomou os voos Chicago/São Paulo e Houston/Rio de Janeiro neste primeiro semestre. A Lufthansa também contribuiu para o aumento da oferta de conectividade, com a volta das operações Frankfurt e Munique para o Rio de Janeiro e voos diários de Amsterdan para o Rio de Janeiro. Em outubro, a Eastern Air prevê o incremento de voos de Miami e Nova York para Belo Horizonte.
Mais conectividade
Neste mês, a Latam anunciou a retomada de voos das cidades de Roma e Milão para São Paulo. A princípio, os voos serão com três e quatro frequências semanais respectivamente.
A Delta Air Lines também está ampliando sua operação no Brasil. Atualmente, opera com dez voos semanais para o país – sendo diários São Paulo/Atlanta e três frequências semanais São Paulo/Nova York – e planeja retomar 100% da capacidade ainda este ano. Já em outubro, a empresa norte-americana anunciou que São Paulo terá sua capacidade máxima restabelecida, com a rota Guarulhos/Nova York voltando a ser diária.
Em 2019, antes da pandemia, a Delta operava 21 voos semanais, com roteiros diários São Paulo/Atlanta, São Paulo/Nova York e Rio de Janeiro/Atlanta, além de voos sazonais entre Rio e Nova York.
A low-cost colombiana Viva Air anunciou o início da operação de voos para o Brasil, incialmente por São Paulo. A partir de outubro, a conectividade será de quatro voos semanais entre Medelín e Guarulhos.
A Iberia Líneas Aéreas, da Espanha, também anunciou o retorno da conectividade com o Rio de Janeiro. A partir de outubro, a rota Madri/Rio estará restabelecida, com três frequências semanais.
Tráfego internacional
A malha aérea global também vem crescendo a cada novo mês. De acordo com o último balanço da IATA (International Air Transport Association), o tráfego total de maio de 2022 aumentou 83,1% em relação a maio de 2021. Atualmente, corresponde a 68,7% dos níveis pré-crise pandêmica.
Ranking de chegadas de voos internacionais ao Brasil em junho de 2022
1) Buenos Aires: 810 voos
2) Lisboa: 429 voos
3) Panamá: 303 voos
4) Santiago: 253 voos
5) Bogotá: 176 voos
6) Miami: 146 voos
7) Paris: 124 voos
8) Montevidéu: 107 voos
9) Madri: 103 voos
10) Lima: 94 voos
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