06/08/2023 – Reunião técnica, realizada neste domingo (6), em Belém (PA), debateu os desafios e programas de incentivo ao turismo visando a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), em 2025. O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, participou do encontro acompanhado do ministro do Turismo, Celso Sabino, da presidenta da Associação Comercial do Pará (ACP), Elizabete Grunvald, além de outras autoridades, entidades empresariais e o trade turístico da capital paraense.

Desde o anúncio de Belém como a sede da COP 30, a cidade brasileira entrou no mapa mundial do debate sobre a Amazônia, tornando-se a porta de entrada amazônica para o mundo. Marcelo Freixo destacou que, atualmente, o município vive a experiência de uma cidade adequada a receber turistas em um novo modelo, onde o desenvolvimento sustentável passa a ser prioridade da região.

“Estamos vendo uma nova capital sendo construída – que é Belém -, uma capital climática, de um novo modelo de desenvolvimento, uma capital que pode ajudar a salvar esse país, porque se continuar neste (de aceleração da crise climática) caminho não tem muita alternativa. Há um novo projeto a ser construído, e recai sobre Belém uma responsabilidade muito grande, a de se pensar uma nova ideia de cidade para o mundo”, enfatizou o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo.

Freixo ainda afirmou que um outro desafio a ser superado será o da conectividade.  “A Embratur tem trabalhado em negociação com as companhias aéreas para atrair novos voos internacionais com destino ao Brasil. O turismo internacional é um mercado importante, e temos que ampliar nossas rotas turísticas e nossos números de voos. O Brasil perde com a falta de conectividade, e Belém tambem”, enfatizou.

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, concordou com o presidente da Agência, e informou que a intenção é ampliar o números de voos, em especial os internacionais, chegando direto na cidade. “É valioso esse debate para a explanação dos anseios dos trabalhadores, empresários e do trade do turismo em relação aos eventos internacionais que a cidade passará a receber. Inclusive, já fiz um pedido ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para que Belém tenha voos diretos durante a Conferência do Clima (COP-30), que ocorrerá na capital paraense em 2025”.

Para a presidente da Associação Comercial do Pará, Elizabeth Grunvald, a oportunidade de debater com os representantes do governo federal foi valiosa. “É de grande importância eles estarem aqui conversando com a gente, para ver que caminhos efetivos a gente pode empreender para ampliar e fortalecer os serviços prestados”, declarou.

Incentivos federais
Durante o evento, foram apresentados ainda os incentivos, ações e programas federais para o fortalecimento e desenvolvimento do turismo brasileiro. O ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciou durante a reunião que serão disponibilizados R$ 201 milhões em crédito para os empreendedores turísticos pelo Fundo Geral de Turismo (Fungetur).

Recurso que é destinado às empresas ligadas direta e indiretamente ao setor turístico, permitindo expansão das oportunidades de instalação de novos negócios, além da geração de emprego e renda no setor, que envolve cerca de 60 segmentos, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT).  A partir dele, os  recursos, segundo o MTur, contemplam nove instituições financeiras credenciadas em todo país, dentre elas, a Cresol Baser, que atende estados como o Pará (PA), Amazonas (AM), Rondônia (RO).

“Quem tiver interesse em ampliar o seu restaurante, melhorar sua pousada, reformar o seu hotel, construir um novo estabelecimento, nós trouxemos aqui o Fungetur. É uma forma de ajudar a prepará-los para a COP 30”, explicou.

As instituições interessadas em acessar o recurso do fundo, operados atualmente por um total de 24 instituições financeiras, devem estar inscritos no Cadastur. O Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos reúne os dados das pessoas físicas e jurídicas que atuam no setor turístico, sendo obrigatório para rede de hospedagem, agências de turismo, transportadoras turísticas e outras atividades. O registro permite ao prestador atuar legalmente, de acordo com a Lei do Turismo, por meio da emissão do Certificado Cadastur, assim como oferece benefícios aos cadastrados.