O presidente da Embratur – Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo, Gilson Machado Neto, participou, nesta quarta-feira (8/12), de reunião preparatória Interministerial da VI Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN). Esta comissão tem o intuito de alinhar as expectativas dos governos do Brasil e da China quanto à cooperação econômica e comercial entre os países, o que envolve temas de ciência, tecnologia e inovação entre os países.
Nesta reunião, realizada no Ministério da Relações Exteriores com a presença do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, foram debatidas e decididas as linhas que serão apresentadas pelo governo brasileiro ao governo chinês em um Plano Estratégico para balizar as relações bilaterais. Convidado a dar sua contribuição, Gilson Machado Neto mencionou que a China possui um grande potencial para o Turismo, emitindo 150 milhões de viajantes ao ano, sendo que apenas 10% dos chineses possuem passaporte. “Recebemos no Brasil uma média de 50 mil turistas chineses ao ano e precisamos recuperar a conectividade de voos com a China”, salientou o presidente da Embratur.
Ao lembrar a missão do presidente da República, Jair Bolsonaro, à China, quando esteve presente, Gilson Machado Neto indicou que foram empreendidos esforços do governo brasileiro para que fosse garantida a isenção de visto aos turistas chineses, nos moldes em que ocorreu com australianos, japoneses, australianos e americanos. “Quando estivemos na China, em 2019, fomos agraciados pela mais importante publicação de turismo da China como o país com maior potencial para o turismo dos chineses no ano seguinte, em 2020. Infelizmente veio a pandemia, mas ainda assim somos reconhecidos pela Organização Mundial do Turismo como o país com o maior potencial para o turismo após a pandemia”, disse.
Comparando o potencial do Turismo brasileiro ao do agronegócio, setor em que o Brasil e a China são fortes parceiros comerciais, Gilson Machado Neto também reforçou que o ‘dever de casa’ está sendo feito. “Felizmente, as políticas equivocadas nos colocaram em uma situação vergonhosa, em que recebemos apenas seis milhões de turistas internacionais, ficaram para trás. Coloco a Embratur à disposição e digo que vamos construir uma virada para que possamos receber mais turistas chineses, que são os maiores emissores de viajantes no mundo”.