A Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo) participou, nesta terça e quarta-feira (7e 8/12), da 1ª edição do Global Halal Business Forum, realizado pela Câmara de Comércio Árabe- Brasileira e pela Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras Halal), no hotel Renaissance, em São Paulo (SP). Na oportunidade, a gerente de Geração de Receitas, Claudine Bichara, representou a Agência nas discussões sobre o estilo de vida da população islâmica, conhecida por seu alto grau de excelência e valor agregado. A abertura do evento, na segunda-feira (6), contou com a participação remota da ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
O mercado halal respeita a regras e o estilo de vida da população islâmica e é avaliado em US$ 4,8 trilhões. Cerca de 1,9 bilhão de consumidores (24,5% da população global), provenientes principalmente de nações árabes, europeias e de países asiáticos como Indonésia, Índia e Malásia, são compreendidos neste segmento. “Os produtos e serviços halal abrangem uma gama variada de setores e representam uma grande oportunidade para as empresas brasileiras”, indica Claudine Bichara.
Durante o Global Halal Business Forum, painelistas e autoridades especialistas em questões relativas aos hábitos e economia halal destacaram que o Brasil é um dos quatro maiores fornecedores de produtos consumidos pelos países árabes e muçulmanos, tais como alimentos e bebidas, finanças, moda, cosméticos e fármacos. “No total, falamos de cidadãos de 57 países árabes e muçulmanos, e a maioria são famílias que viajam o mundo inteiro. Além de exportarmos os produtos e serviços, também é importante que conheçamos os hábitos culturais e estejamos preparados para que o Brasil seja uma opção também para turismo”, avalia a gerente de Geração de Receitas da Embratur.
Questões como horários para reza, higiene que deve ser feita antes dela, a necessidade de estar direcionado para Meca ao orar, o jejum durante o Ramadã, entre outras devem ser levadas em conta. Hotéis com certificado halal normalmente possuem tapetes para reza e ausência de álcool no frigobar. “São detalhes que não geram grandes adaptações para quem recebe, mas que fazem toda a diferença para os muçulmanos”, comenta Claudine Bichara.
Durante o evento, autoridades nos costumes halal reforçaram a importância de que estabelecimentos brasileiros possam receber “certificação halal” que, segundo o presidente da Fambras Halal, Mohamed Zohbi, deixou de ser algo exclusivo aos muçulmanos para se tornar um selo mundial de qualidade.