Atualmente, região que mais possui conectividade com o país é a América Latina, seguido por Europa e América do Norte
A malha aérea internacional brasileira chegou, em abril de 2022, ao total de 2.983 voos mensais, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O dado aponta um crescimento de 191,21% comparado ao mesmo período de 2021, o que possibilita aos viajantes de todo o mundo ter cada vez mais opções de deslocamentos ao Brasil.
Atualmente, a região que mais possui conectividade com o Brasil é a América Latina, com 1.419 voos mensais de diversos países. Na sequência está a Europa, com 921 e a América do Norte, com 480. Um levantamento feito pela Gerência de Inteligência Mercadológica e Competitiva da Embratur mostra outro vetor animador para a malha aérea internacional brasileira: houve crescimento significativo na conectividade do Brasil com quase todo o restante do mundo.
“As medidas adotadas pelo Ministério do Turismo durante a pandemia, como definição de regras para cancelamento e remarcação, além do papel da Embratur de promover as belezas do Brasil internacionalmente tiveram papel fundamental nessa retomada”, afirma o presidente da Embratur, Silvio Nascimento. “Nós vamos intensificar as ações e nossas campanhas para que o turismo no Brasil recupere e explore cada vez mais todo o seu potencial”, completa.
A Europa, que já ocupa posição de destaque na malha aérea do Brasil, registrou em abril de 2022 a maior variação positiva em relação ao mesmo período de 2021, com acréscimo de 321,57% no número de voos (passou de 219 para 921) e 291,06% nos assentos (saltou de 71.704 para 280.410).
No mesmo período, a América Latina também registrou incremento significativo: 271,91% no número de voos (381 para 1.419) e 243,37% nos assentos (76.706 para 263.387). Já na América do Norte, a ampliação computada foi de 67,16% nos voos (287 para 480) e de 73,81% nos assentos (78.480 para 136.406 assentos).
Considerado um mercado estratégico para a Embratur nos próximos anos, o continente asiático surpreendeu em relação às conectividades. Houve acréscimo de 55,56% no número de voos (77 para 120) e nos assentos foi ainda maior, com 93,73% (25.830 para 50.040).
De acordo com dados do Dubai Economy and Tourism, o Brasil faz parte do Top-20 dos países emissores de viajantes para Dubai, um dos principais destinos dos Emirados Árabes Unidos. Somente nos três primeiros meses de 2022, mais de 40 mil brasileiros estiveram no país asiático. O objetivo da Embratur é aproveitar essas conexões para fazer uma relação “ganha-ganha”, conforme explicou o presidente Silvio Nascimento em viagem recente à cidade asiática. “Queremos ter esse tipo de relação com esse mercado. Ou seja, vamos investir na promoção dos nossos destinos e teremos um retorno garantido com o aumento do turismo entre os países”, confia Nascimento.
Já no continente africano, ocorreram as únicas diminuições aéreas em relação a abril de 2021: – 28,57% no número de voos (passando de 60 para 43) e – 26,14% nos assentos (16.200 para 11.966).
Pré-pandemia
Embora os dados acompanhem a onda positiva de retomada do turismo, o cenário aponta margem para melhorar. Atualmente, a malha aérea internacional brasileira opera em torno de 51% de sua capacidade habitual, conforme números registrados em fevereiro de 2019, período pré-pandemia.