COLEGIADO

Salão do Turismo: Conselho Nacional de Turismo empossa conselheiros e amplia participação da sociedade civil 

Os membros terão um mandato de dois anos. Estrutura renovada inclui representantes de novos ministérios e entidades da sociedade civil em busca da qualificação do diálogo. 

Renato Vaz/Embratur
Realiza a posse de 90 membros do Conselho Nacional de Turismo (CNT). A nova composição resulta de um processo seletivo que buscou ampliar a participação de organizações da sociedade civil

16/12/2023 – Salão Nacional do Turismo, em Brasília (DF), foi palco neste sábado (16) da posse de 90 membros do Conselho Nacional de Turismo (CNT). O órgão responsável pelo assessoramento técnico do Ministério do Turismo auxilia na definição e na implementação de políticas públicas. A nova composição resulta de um processo seletivo que buscou ampliar a participação de organizações da sociedade civil, a fim de qualificar o planejamento de ações. Na ocasião, foram criadas, ainda, duas novas câmaras permanentes: incentivo ao turismo em comunidades negras, indígenas e comunidades tradicionais e de segurança turística.

Confira AQUI a nova composição do CNT.

De forma inédita, a estrutura do Conselho, apresentada durante reunião, que contou com a participação da Secretária Executiva do MTur, Ana Carla Lopes, dispõe agora de entidades como a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (ABRAPE), a Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil, o Coletivo Brasileiro Pelo Turismo Responsável (Coletivo Muda!) e o Serviço Social do Comércio (SESC), entre outras, com mandatos de dois anos.

“É muito importante a ampliação da sociedade civil neste conselho. É uma bandeira do presidente Lula fortalecer o diálogo na nossa sociedade e o turismo é uma atividade que propaga o respeito a pluralidade cultural e social. Estamos vendo hoje, um grupo mais amplo e diverso e nosso setor só tem a ganhar com isso e é com esse foco que o Ministério do Turismo trabalha as suas políticas”, afirmou a secretaria executiva da Pasta, Ana Carla Lopes.

“O turismo LGBT é um dos nichos mais rentáveis porque a comunidade valoriza muito o valor agregado do produto e do serviço. Considerando que a população LGBT é em torno de 12%, e deixar essa parcela fora das discussões e a população LGBT tem necessidades específicas e pra atrairmos esses turistas estrangeiros temos uma lição importante a ser feita”, fala Ricardo Gomes, conselheiro, complementando que é de suma importância a participação da Câmara de Comércio e Turismo LGBT.

Também houve a inclusão no CNT da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Turismo (ANPTUR), do Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura (CLAEC) e da Rede Brasileira de Observatórios de Turismo (RBOT). A presença de entidades do tipo favorece a contribuição da academia e de especialistas às discussões a respeito dos rumos do setor, a partir de um debate técnico e com base em análises, dados confiáveis e métodos de monitoramento mais eficientes.

Outra novidade é a participação, agora na condição de membros permanentes, da Confederação Nacional de Municípios (CNM), da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados (CTUR), da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal (CDR), do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur) e da Associação Nacional de Secretários e Dirigentes Municipais de Turismo (Anseditur).

O CNT passa a contar, ainda, com representantes dos ministérios do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, dos Povos Indígenas e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A presença dos órgãos amplia a abordagem de temas transversais ao governo federal, a exemplo dos direitos das mulheres, das comunidades tradicionais, meio ambiente, igualdade racial e do combate à exploração sexual de crianças e adolescentes no turismo.

“A ideia da criação desta câmara temática não inviabiliza a nossa participação em outros grupos mas é um convite para a participação dos demais conselheiros nessa pauta e mostrar como o turismo pode chegar nessas comunidades. Nós sabemos como deve ser a atuação do turismo nessas comunidades”, afirmou a conselheira Chirley Pankará.

Pauta
A reunião deste sábado do CNT também foi marcada pela apresentação da minuta de decreto presidencial do Plano Nacional de Turismo 2024-2027. O documento, que norteia ações para o desenvolvimento do setor no período, será submetido a avaliações e contribuições do Conselho, a fim de proporcionar o amplo debate, a construção coletiva do documento e subsidiar o seu posterior lançamento pelo Poder Executivo.

O diretor de Gestão e Inovação na Embratur, Roberto Gevaerd, representando o presidente Marcelo Freixo, que não pode participar da reunião em razão de agenda em Maceió (AL), aproveitou para explicar aos conselheiros do CNT como a Agência vem atuando para organizar a sua área fiscal e de gestão. “Estamos tendo avanços importantes na organização da área de gestão e fiscal da Agência. Temos como meta tornar a Embratur totalmente digital em até três anos, o que irá facilitar os processos internos e melhorar os atendimentos e produtos na ponta. Estamos trazendo mais inovação para o nosso trabalho, criando uma atmosfera de mais tecnologia no setor do turismo para melhorar cada vez mais as experiências nos segmentos. Além disso, estamos com a FGV planejando e preparando os próximos quatro anos da Agência. E tudo isso tem sido possível graças ao apoio do Ministério do Turismo, que tem nos apoiado em diversas ações”, enfatizou.

Os membros do colegiado discutiram, ainda, a instalação de Câmaras Temáticas no âmbito do CNT, dedicadas à análise de assuntos específicos do setor. A primeira Câmara Temática instituída foi a de Legislação Turística, que busca identificar e elaborar propostas para a extinção ou a mitigação de entraves no ambiente de negócios do turismo, com vistas ao aprimoramento da competitividade do setor.

Salão
Retomado após um hiato de 12 anos, o Salão Nacional do Turismo, que tem entrada gratuita e espera receber cerca de 20 mil pessoas, ocupa um espaço de 26 mil m² na Arena BRB Mané Garrincha, em Brasília (DF) abrangendo cinco grandes eixos: Turismo de Natureza, Turismo Rural, Sol e Praia, Turismo Cultural e Turismo de Tendências. A feira também proporciona ao público conferir várias palestras e debates sobre assuntos relacionados à atividade turística, além de atrações culturais, gastronômicos e musicais.

Promovida pelo Ministério do Turismo em parceria com a Secretaria de Turismo do Distrito Federal, a Embratur, o Banco do Brasil, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), o SESC, o SENAC e o Sebrae Nacional, a 7ª edição do Salão conta com a exposição de diversos segmentos da produção associada ao setor, a exemplo da culinária, do artesanato, da agricultura familiar e de manifestações artísticas, entre outras. 

O horário de funcionamento da feira vai das 10h às 12h, neste sábado, e das 10h às 18, no domingo.