22/12/2023 – O “sextou” deste 22 de dezembro vem com o gostinho especial do começo do verão no Brasil. É que a estação chega com a economia aquecida pelo aumento da presença de turistas internacionais no país até o fim de janeiro próximo. A lógica é simples: mais visitantes estrangeiros, mais dinheiro injetado na economia e mais geração de emprego e renda em uma atividade que a Embratur e o trade nacional têm trabalhado juntos para tornar cada vez mais sustentável.
Um levantamento da Agência por cidades mostra o aumento da presença de turistas estrangeiros nas seis capitais mais procuradas do Brasil em janeiro de 2024 em relação a janeiro de 2023. A escolha pelo mês de janeiro fechado ajuda a selecionar os visitantes que escolheram visitar o país justamente pelo verão. Em relação ao número total de assentos em voos para janeiro, de acordo com o painel de Dados da Embratur, são 1.421.301 de assentos previstos para 6.103 voos.
E a cidade que terá maior aumento para o período é Natal (RN), que terá 26,6% a mais de estrangeiros. A capital potiguar também concentrou o maior aumento em janeiro de 2023 em relação ao mesmo mês de 2022, de 54,7%. E os países que mais enviaram turistas internacionais para a cidade e suas dunas foram, do maior para o menor, Argentina, Portugal, Itália e Estados Unidos.
O segundo lugar fica com Salvador (BA), que terá um crescimento no número de estrangeiros em janeiro de 24,7%, tendo como principais emissores a Argentina, Estados Unidos, Portugal e Itália, nesta ordem. Na relação de janeiro de 2023 para janeiro de 2022, o crescimento no número de visitantes vindos do exterior foi de 15,8%.
A próxima posição fica com a capital do Amazonas, o maior estado do Brasil. Manaus terá um crescimento no número de visitantes estrangeiros de 23,7%, com destaque para os hermanos, mais uma vez, seguidos pelos estadunidenses, portugueses e italianos. E no comparativo de janeiro de 2023 com o mesmo período de 2022, os manauaras viram o número de estrangeiros aumentar 30,5%.
Rio, São Paulo e Recife
A capital fluminense e a capital paulista ficaram em quarto e quinto lugares. O Rio de Janeiro terá um aumento de turistas internacionais de 19,9%, com Argentina, Estados Unidos e Portugal como principais emissores junto com o Reino Unido. Já São Paulo verá um crescimento de 17,7% com a mesma sequência decrescente e a mesma sequência de emissores que a capital amazonense. As duas cidades viram o número de turistas crescerem em janeiro de 2023 em relação ao primeiro mês de 2022, respectivamente, em 21,9% e 15,7%.
E em sexto lugar mas não menos importante, Recife (PE) terá um aumento no número de turistas estrangeiros de 6,7%, tendo como os principais emissores, mais uma vez, Argentina, Estados Unidos, Portugal e Itália. Além disso, no verão do ano passado, o número de visitantes internacionais na Veneza brasileira foi de 39,2% em relação ao período anterior.
Mais números
O Brasil voltou ao patamar pré-pandemia de Covid-19 em quantidade de voos ofertados por companhias aéreas. Tanto em 2019 quanto em 2023 esse número ficou em 64,82 mil voos. A cifra também é pouco mais de 40% maior que a de 2022, em que a oferta foi de 46,2 mil. As somas fazem parte de um levantamento de receptivo de turistas internacionais no Brasil da Gerência de Informação e Inteligência de Dados da Embratur.
Além disso, entre janeiro e novembro o país teve um acréscimo de 152 novos voos, incluindo rotas que haviam sido suspensas durante a pandemia, quando fronteiras foram fechadas na tentativa de conter a circulação do vírus da Covid-19. Ao todo, foram 35 da Europa, 21 da América do Norte, 72 da América do Sul, oito da América Central, oito da Oceania e oito da África.
E em relação ao número de assentos em voos, 2023 teve uma oferta 32,47% maior que 2022 em 40,2% a mais de voos. O setor segue em recuperação, embora ainda não tenha se equiparado com 2019. Foram 14,5 milhões de assentos em 2019, 9,7 milhões em 2022 (queda de 32,7%) e 12,9 milhões em 2023. Os dados deste ano equivalem a 89,16% da oferta do último ano pré-pandemia. O levantamento da Embratur foi elaborado considerando o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), decretada em maio.