24/01/2024 – A Embratur lançou o 1º Desafio de Turismo Gastronômico EmbraturLAB, projeto que visa encontrar startups que proponham soluções para mapear rotas turísticas gastronômicas e impulsionar essas rotas e outros produtos e serviços ligados à modalidade de turismo. A solenidade aconteceu na abertura do estande da Agência na Feira Internacional de Turismo (Fitur), em Madri, na Espanha, na manhã desta quarta-feira (24).

O desafio é uma parceria entre o EmbraturLAB, que é o laboratório de inovação da Embratur, e a Organização Mundial de Turismo (OMT), órgão especializado da ONU. Com o mapeamento e a promoção de rotas e produtos brasileiros de turismo gastronômico, o projeto vai fortalecer comunidades e promover desenvolvimento sociocultural e econômico nos municípios brasileiros, além de projetá-los no exterior, atraindo mais turistas internacionais.

Primeira a falar na abertura do evento, a diretora de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade da Embratur, Jaqueline Gil, deu boas-vindas ao público e destacou a importância da inovação e da tecnologia na promoção internacional dos destinos brasileiros. A Embratur e a OMT trabalham juntos também para criar indicadores que ajudem o Brasil a acompanhar o desenvolvimento dos destinos turísticos. São medidores para verificar áreas como sustentabilidade e geração de empregos, por exemplo.

Coordenador de Inovação, Educação e Investimentos da OMT, Peter Janech foi o segundo a falar. “O desafio é uma parceria com a Embratur e estamos muito felizes com esse lançamento conectando gastronomia e inovação”, afirmou. O calendário do desafio e o formulário de inscrição podem ser acessados em https://inovacao.embraturlab.com.br/desafio-rota-gastronomica/.

Em sua fala, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, lembrou que a parceria com a OMT também inclui a criação de um escritório da organização no Rio de Janeiro. Ele ressaltou a importância de associar gastronomia e inovação tecnológica para promover o Brasil no mundo. “Gastronomia é identidade. Ela representa a diversidade da cultura brasileira. Cada região, cada estado tem sua culinária, o que é um ativo central para atrair mais turistas”, disse.

“Recentemente, visitamos o Quilombo Kaonge, na cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano. Lá a gastronomia é uma das principais experiências para conhecer a história do quilombo e do povo negro na Bahia. Sem falar que é um turismo de base comunitária exemplar em sustentabilidade e valorização da memória afrobrasileira”, disse.

Desafio gastronômico
As inscrições para o desafio serão abertas nesta sexta-feira (26) e vão até 1º de março. A primeira etapa do projeto, de pré-seleção das startups habilitadas, acontecerá entre o dia 1º e o dia 5 de março com a publicação das selecionadas para o Pitch Day no dia 6. 

Na sequência, a Embratur abrirá um período de quatro dias para recursos, do dia 6 ao 10, com as respostas aos recursos nos dias 11 e 12 de março. O Pitch Day acontecerá no dia 13 do mesmo mês e a publicação dos vencedores do desafio será no dia 20, por e-mail e pelo site oficial do desafio.

As soluções propostas pelas startups terão de abordar as necessidades da Embratur relacionadas ao mapeamento e seleção de experiências turísticas gastronômicas – bares, restaurantes, espaços gastronômicos, produtos locais, dentre outros –, adequadas para o público turista brasileiro e estrangeiro. Entre os objetivos do concurso está “identificar e dar visibilidade a soluções inovadoras que podem ser incorporadas ao setor turístico como inovações institucionais a partir da disseminação das práticas e conhecimentos técnicos”.

Também está previsto no projeto “estimular e conectar empresas de tecnologia e do trade do turismo com o intuito de democratizar o uso de ferramentas tecnológicas que promovam melhorias no setor de turismo no Brasil”, “facilitar o atendimento das demandas de promoção da indústria do turismo pela perspectiva da inovação voltada à elaboração de soluções com potencial para replicação em outros centros turísticos do país”, e “impulsionar o desenvolvimento de roteiros de turismo gastronômico no Brasil, inclusive em áreas rurais”.

Outros pontos importantes são “posicionar o Brasil como um destino internacional de referência em turismo gastronômico a partir dos diferenciais competitivos de sua gastronomia, biodiversidade e cultura alimentar”, “apoiar o trabalho de pesquisadores em gastronomia, chefs de cozinha, produtores de alimentos e artesãos gastronômicos” e “valorizar a cultura e o patrimônio cultural brasileiro, em especial quanto aos patrimônios agroalimentares, os produtos da sociobiodiversidade, os saberes e fazeres das comunidades tradicionais e toda a cadeia de valor do turismo gastronômico à experiência dos turistas estrangeiros”.