CAPACITAÇÃO

WTM 2024: Embratur apresenta planejamento 2024 durante feira de turismo internacional em São Paulo

Workshop da Agência contou com mais de 200 representantes dos trades público e privado do turismo com o objetivo de abrir possibilidades para ações conjuntas

Renato Vaz/Embratur
Alexandre Nakagawa, gerente de Turismo de Reuniões, Incentivos e Negócios Internacionais, apresenta painel durante workshop

17/04/24 – A Embratur realizou, nesta terça-feira (16), durante a WTM América Latina, em São Paulo, workshop com mais de 200 representantes dos trades público e privado do turismo para apresentar o planejamento das ações da Agência para 2024 e as tendências do mercado. O objetivo é que todo o setor esteja informado sobre as ações da Embratur e desta forma possa trabalhar de forma conjunta com a Agência. Participaram 150 pessoas de 70 organizações. 

O gerente de Informação e Inteligência de Dados da Embratur, Fábio Montanheiro, apresentou os painéis de dados da Embratur e explicou para o público como os gestores podem ter acesso a informações estratégicas produzidas ou qualificadas pela Agência. A ideia é identificar oportunidades e tendências para entender o comportamento dos viajantes e otimizar a aplicação de recursos, através de decisões bem informadas para promover os destinos brasileiros.

“Uma das mais importantes características do nosso trabalho é a ampliação da oferta de dados confiáveis para os gestores públicos e privados. Nós coletamos dados, analisamos as informações, compreendemos o perfil dos visitantes e dos nossos concorrentes, e isso serve de base para nortear estratégias de promoção”, explicou Montanheiro. 

O gerente também apresentou a lista de países estratégicos de acordo com os dados produzidos pela Embratur. “A Gerência de Dados define por meio dessas informações quais são os mercados estratégicos com os quais a Embratur deve trabalhar para obter os melhores resultados. Os indicadores trabalhados são emissão de turistas em viagens internacionais, receitas geradas por cada país, conectividade aérea, dentre outros. Estamos à disposição do trade para dar suporte a tomada de decisões que alcancem os melhores resultados”, concluiu. 

Turismo de negócios
Alexandre Nakagawa, gerente de MICE da Embratur, apresentou painel sobre o potencial do turismo de negócios e eventos. “O gasto do turismo de negócios é três vezes maior do que o do turismo de lazer. Ele também é uma solução para a questão da sazonalidade, suprindo os momentos de baixa procura do turista de lazer. A alta temporada do turismo de negócios é de março a novembro. Além disso, o setor é gerador de novos negócios”, explicou. 

Nakagawa destacou os bons resultados do turismo de negócios. Em fevereiro deste ano, a receita foi de R$ 1 bilhão, resultado 13% maior que o de fevereiro de 2023. Se comparado com o desempenho do mesmo mês em 2019, período pré-pandemia, a alta foi de 25%. O gerente pontuou que a gestão da Embratur quer tornar a governança mais eficiente trabalhando lado a lado com quem faz o turismo de negócios acontecer, tanto do setor público quanto privado. 

“A governança e a construção de parcerias concretas, como a que a Embratur realizou com entidades do MICE durante a WTM, são muito importantes porque 90% das empresas envolvidas nas atividades do turismo são de pequeno porte. Ou seja, é preciso agir de forma conjunta para fortalecer o setor”, ponderou Nakagawa, que explicou ao público como a Embratur pode ajudar as entidades a captarem novos eventos. 

“O Brasil é líder na América Latina no turismo de negócios e eventos. Somos uma das maiores economias do mundo, o que atrai o interesse na realização de negócios aqui. Temos uma cultura vibrante, que é nosso diferencial competitivo. E mais de 50 Conventions & Visitors Bureau atuando em todo território brasileiro”, concluiu.

Estratégia de Mercados Internacionais
O gerente de Mercados e Eventos Internacionais, Bruno Reis, destacou três pilares da estratégia de promoção: restabelecimento dos parceiros de negócios com base no potencial de cada mercado; ações para reforçar a presença de produtos já consolidados, desenvolver a adesão aos que estão em fase de consolidação e identificar oportunidades para novos produtos e, por fim, estimular a demanda com alto valor agregado com foco no aumento de receitas com o turismo internacional. 

Reis destacou que é preciso modificar o olhar sobre o mercado do turismo internacional. Em vez de analisar os mercados emissores dentro do Brasil, é necessário analisar a participação do Brasil em cada mercado emissor estratégico. O gerente apresentou os mercados estratégicos; o perfil dos parceiros de negócios que se relacionam com a venda dos produtos brasileiros; a importância da articulação de todas as ferramentas de promoção nos mercados estratégicos e as variáveis que precisam ser levadas em conta pelos gestores para a tomada de decisões que levem aos melhores resultados. 

O gerente listou cinco tópicos principais para definição das estratégias de promoção: a análise do mercado emissor, com avaliação sobre o posicionamento dos produtos brasileiros; análise das ações dos concorrentes e da participação dos destinos do Brasil no mercado escolhido; compreensão do perfil do turistas para otimizar as ações de marketing; compreensão do “ciclo de comercialização”, com avaliação do melhor período para as campanhas de marketing e concretização das vendas e, por fim, a identificação dos parceiros estratégicos e elaboração do plano de ação. 

“A gente quis trazer nessa apresentação as estratégias e o processo de tomada de decisão dos viajantes para que nossas ações sejam mais eficientes. O próximo passo é convidá-los para uma capacitação de acordo com nossas ações nos mercados no segundo semestre, para que realizemos ações cooperadas de maneira mais competitiva. Contem conosco. Estamos sempre de portas abertas para juntos trazermos cada vez mais turistas internacionais para nosso país”, concluiu Reis.

 Reunião com Fornatur
Ainda na WTM, a Embratur se reuniu com o Fórum Nacional das Secretarias Estaduais de Turismo (Fornatur) para tratar de diversos temas, em especial o Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI). O programa, lançado no mês passado, prevê a realização de parceria público-privada com as companhias aéreas e aeroportos para a ampliação no número de assentos e voos internacionais com destino ao Brasil. 

A apresentação do PATI coube ao coordenador de Demanda a Transportes Multimodais da Embratur, Philipe Karat. Ele destacou que a Embratur executa a iniciativa com recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) oriundos de parceria entre os ministérios do Turismo e o de Portos e Aeroportos. Nesta primeira fase, a previsão de investimento é de ao menos R$ 7 milhões, sendo metade custeado com recursos públicos. 

O edital público convida as companhias aéreas e aeroportos (em parceria com as companhias) a lançarem novos voos internacionais com destino ao Brasil, o que irá induzir a ampliação da conectividade com voos diretos do exterior para mais estados.