Convidado a participar de uma rodada do ciclo de debates sobre a retomada do turismo promovida pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado (CDR) nesta segunda-feira (31/5), o presidente da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), Carlos Brito, apresentou sua visão sobre o tema “o Brasil na retomada do turismo internacional: estratégias para a ampliação de turistas estrangeiros no país”. Realizado por videoconferência, o evento foi mediado pelo presidente da CDR, senador Fernando Collor, autor da iniciativa.
Para o presidente da Embratur, embora o turismo no Brasil tenha sido duramente afetado pela pandemia, assim como em outros países, o prejuízo poderia ter sido maior se o governo não tivesse tomado medidas adequadas. Ele afirmou que o Brasil foi um dos dez primeiros países do mundo a lançar o selo Turismo Responsável, como forma de permitir a realização com segurança de atividades ligadas ao setor,
“Até 85% dos voos domésticos estavam em operação em dezembro passado, quando fomos afetados pelo início do segundo ciclo da pandemia. A Embratur realizou campanha para incentivar o turismo nacional atendendo ao que foi determinado na Lei 14.002/2020”, indicou, antes de colocar no ar um vídeo com os resultados da campanha “ser brasileiro é estar sempre perto de um destino incrível e seguro”, feita pela Agência para fomentar o turismo dentro do Brasil.
Para que a pandemia seja superada de uma vez, Carlos Brito sublinhou a importância da vacinação da população contra a Covid-19. “O Brasil tem vacinado rapidamente. Esperamos que a população economicamente ativa esteja vacinada até setembro de 2021, expectativa arrojada e que toma por base o fato de sermos o quarto país do mundo que mais ofereceu doses da vacina. À medida que mais brasileiros tenham sido vacinados, as atividades de turismo serão mais viáveis, com a reabertura de fronteiras e o retorno gradual de turistas”.
Para a retomada do turismo internacional, o presidente da Embratur convidou o diretor de Marketing, Inteligência e Comunicação da Agência, Silvio Nascimento, a apresentar as ações previstas para a atração de turistas estrangeiros. Em slides, Nascimento indicou a participação da Embratur em feiras a serem realizadas na América Latina, em Londres, em Las Vegas, em Xangai e em Barcelona, embora haja imprevisibilidades em decorrência da pandemia. Estão previstos ainda a ativação de 15 mercados prioritários, eventos internacionais com jornalistas e influenciadores, abertura de unidades da Embratur em cada continente, além de ações de cooperação com a Espanha e a China. A partir de julho a Agência irá voltar a promover os destinos brasileiros no exterior, visto que ficou limitada à atuar dentro do Brasil até seis meses após o estado de calamidade pública, período que se encerra dia 31 de junho de 2020.
Carlos Brito ainda salientou que para o Brasil ser mais competitivo na busca pelo turista estrangeiro, precisará garantir uma fonte de recursos perene. “A Embratur tem potencial enorme, mas fica limitada a recursos que ela possui para a promoção do Brasil no exterior. A briga lá fora é de cachorro grande. Temos que colocar o Brasil na prateleira que ele merece. O Brasil tem a bola da vez”, disse.
Participaram também do debate o presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) e representante da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Alexandre Sampaio; o presidente da Empresa Potiguar de Promoções Turísticas (Emprotur-RN), Bruno Reis; o presidente do Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur) e diretor-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur), Bruno Wendling; o presidente da União Nacional de Conventions & Visitors Bureaus e Entidades de Destinos (Unedestinos), Toni Sando de Oliveira: e a superintendente do Maceió Convention & Visitors Bureau (MC&VB), Danielle Novis.
*Com informações da Agência Senado