O presidente da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), Carlos Brito, e o ministro do Turismo do Brasil, Gilson Machado Neto, reuniram-se, nesta quarta-feira (19/5) com o ministro do Turismo e Esporte da Argentina, Matías Lammens, para debater incentivos e parcerias e medidas que alavanquem o setor no Mercosul. O encontro ocorreu durante a Fitur 2021, em Madri (Espanha).
Durante a agenda de trabalho, foram tratados temas para fortalecimento do turismo no pós-pandemia, como taxas cobradas de turistas que visitam o Brasil, a realização de campanhas publicitárias em ambos os países. O intercâmbio anual de turistas entres os dois países em 2019 foi expressivo: 1,95 milhão de argentinos visitaram o Brasil e 1,4 milhão de brasileiros estiveram no país vizinho.
O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, destacou o grande fluxo anual de turistas entre os países e que esse número pode ser ainda maior com acordos e entendimentos. Machado Neto citou, por exemplo, a importância da não aplicação de taxa para compra de dólares aos cidadãos argentinos que viajam pelo Mercosul, especialmente ao Brasil. “Essa cobrança feita aos argentinos que vão ao Brasil é muito prejudicial, principalmente no momento de retomada setor”, comentou.
O ministro afirmou ainda a relevância de os dois países trabalharem juntos pela promoção do setor. “A Argentina é o parceiro mais importante do Brasil no turismo e devemos fazer campanhas entre os dois países e, também, promoção conjunta para estrangeiros como chineses, árabes e europeus”, disse.
O presidente da Embratur, Carlos Brito, ressaltou que a Agência começará uma grande campanha a partir de julho e reforçou que a retirada da taxa para turistas argentinos seria muito boa para o aumento do fluxo entre os países. “A economia do Brasil está crescendo e terá um grande aumento do PIB. Isso também é um fator para que o turismo volte a crescer”, afirmou.
O ministro do Turismo e Esporte da Argentina, Matías Lammens, explicou que o país prevê um pacote de medidas para o turismo para toda região, não apenas para o Mercosul. Com passagens mais baratas, por exemplo. E explanou que a taxa cobrada não é voltada aos turistas, mas sim para as compras de dólares feitas por argentinos. Lammens declarou que existe um estudo para que a taxa seja alterada ou mesmo extinta.
*Com informações do Ministério do Turismo